Como professor de cursinho pré-vestibular, busco a todo instante estratégias que ajudem o estudante a escrever textos de forma mais fácil e sem perder muito tempo — até porque a função de um cursinho preparatório para o vestibular é essa! — e a partir dessas premissas nascem alguns modelos e esquemas, como o apresentado nos slides que ora apresento.
O esquema da palavra-chave foi mostrado a mim na época em que fui aluno do mesmo cursinho de onde hoje sou professor de redação. Era (e ainda é) um modelo simples, mas que naquela época me ajudou bastante na produção de textos porque, como muita gente, tinha muitas dificuldades de iniciar textos dissertativos. De lá para cá modifiquei o modelo, buscando deixá-lo mais robusto e, de certa forma, mais manipulável.
O modelo chama-se palavra-chave porque toma como ponto de partida a palavra ou expressão mais importante de um tema de redação. A partir da identificação pelo aluno dessa palavra-chave, construir uma introdução se torna um exercício simples de completar lacunas (pois, apesar de ser um esquema, as ideias dos alunos são fundamentais para o modelo funcionar).
Todo o esquema (introdução dissertativa) segue o sistema CAUSA-CONSEQUÊNCIA, bem comum nas redações hoje em dia. O modelo apresentado conta de apenas três frases: a) afirmação sobre o tema, b) explicação da primeira frase e c) consequência dos fatos apresentados nas duas primeiras frases. Para isso, o aluno tem um quadro com algumas expressões que o auxiliam na construção da introdução a partir da escolha das expressões e a sua complementação a partir de suas próprias ideias.
Muitos me perguntam se o esquema serve para as redações do ENEM. E digo de forma taxativa: NÃO, mas ajuda. Ajuda porque, conhecendo bem o esquema da palavra-chave, o aluno poderá organizar as estruturas frasais de modo que se possa, com prática, elaborar uma introdução "no modelo" do ENEM. Esse esquema, portanto, corresponde aos textos dissertativos comuns, escritos em sala de aula, por exemplo.
Evidentemente, não preciso destacar que o presente "bizu" é algo típico de cursinhos preparatórios. Usar esquemas desse tipo no cotidiano de sala de aula deve ser feito de forma responsável e muito, mas muito mais, aprofundada. Até porque dá para se trabalhar com esse esquema muitos outros assuntos: condições de produção, tipologia textual, coesão e coerência textuais, progressão temática etc.
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